Copom estima redução da Selic, Bovespa e dólar fecham em queda
Postado por MGonzalez no 15 de março de 2012A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a sessão desta quinta-feira (15) em queda de 0,77%, aos 67.749 pontos, com volume de negócios de R$ 7,12 bilhões. O movimento de desvalorização do mercado financeiro teve como base a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que afirmou pretender deixar a taxa básica de juros (Selic) em níveis “ligeiramente acima dos mínimos históricos”, que foi de 8,75%.
O dólar apresentou queda de 0,28%, a R$ 1,8040, respeitando o piso informal de R$ 1,80 com o qual o mercado passou a trabalhar desde a última quarta-feira (7), após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitir que o Brasil tem um câmbio administrado, cuja margem de oscilação seria de R$ 1,70 a R$ 1,90.
Após o anúncio do Copom, que realizou corte de 0,75% na Selic na semana passada, a curva futura de juros, que considerava uma taxa abaixo de 9% para no fim do ano, passou a considerar a Selic em 9%.
Segundo a analista-chefe da Ativa Corretora, Luciana Leocádio, a divulgação do comitê do BC foi o principal motivo da queda da bolsa:
“Os investidores ficaram desanimados com a indicação de que os juros podem recuar mais 0,75%, já que o Copom disse que vai cortar a Selic a um patamar um pocuo acima do piso, que foi de 8,75%”, disse Leocádio.
O Comitê manteve a projeção de que não haverá reajuste dos preços de gás de botijão e da gasolina no acumulado de 2012, o que causou uma desvalorização das ações da Petrobras. A empresa teve expressiva queda de seus ativos: o PETR3 apresentou baixa de 2,60% e o PETR4, de 2,46%. A petrolífera representa cerca de 10,84% do Ibovespa, principal índice da bolsa.
“Sempre que o noticiário disser que o preço da gasolina será mantido, o reflexo é negativo para a Petrobras. Especialmente, no cenário mundial do petróleo, que segue uma trajetória de alta”, observou a analista-chefe.
Por outro lado, a Vale do Rio Doce, após seguidos pregões de quedas com notícias de desaceleração econômica da China, registrou alta. O VALE3, de 0,95%, e o VALE5, de 0,85%. As ações da Vale representam 12,24% do índice, e amenizaram parte da queda das ações da estatal. Contribuiu para esse aumento a medida cautelar, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que suspende a cobrança de impostos sobre resultados da empresa no exterior.
Leocádio destacou que os setores de varejo, consumo e imobiliário, por estarem diretamente ligados às variações da Selic, foram os que registraram maiores perdas. O papel ordinário da Cyrella recuou 3,08%, a R$ 18,25. A maior queda do índice foi registrada pelas ações da Klabin, cujas ações preferenciais recuaram 4,97%, cotadas em R$ 9,18. As ações da Marfrig também chamaram a atenção, com queda de 3,44%, após o cancelamento de uma parceria com a Júlio Simões.
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Publicado em: 15 de março de 2012
Categorias: Bolsa, Bolsa de valores, Bovespa, Cotaçao Ibovespa, Investimentos
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